Dirigente são-paulino, que voltou recentemente ao clube, defende antecessor de Paulo Autuori e diz que mudança no meio do Brasileirão foi drástica
Mesmo o entrevero que se envolveu com Rogério Ceni não modificou a postura de Adalberto Baptista. De volta à diretoria do São Paulo após renunciar ao Futebol do clube há cerca de um mês, o cartola saiu em defesa do técnico Ney Franco, antecessor de Paulo Autuori, e que deixou o Tricolor por, entre outras coisas, entrar em conflito com o capitão.
Não que Adalberto tenha alguma queixa contra o trabalho de Autuori, a quem até faz elogios. Mas o dirigente não tem dúvidas: se não houvesse a troca de comando, o Tricolor estaria em uma melhor situação no Campeonato Brasileiro.
- O mantive no cargo com plenas convicções. Como tenho absoluta certeza de que se ele tivesse continuado, o time estaria em uma situação melhor no Brasileiro. Uma troca no meio do campeonato é drástica. Teve uma viagem para a Europa e o planejamento foi alterado. O Paulo Autuori vai fazer um grande trabalho, porque tem a mesma qualidade, mas uma troca no meio do caminho foi terrível. Mas a pressão estava insuportável. Em todo mundo – analisou Adalberto, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net.
- Mantê-lo foi uma necessidade. E quando saiu não foi nem uma demissão, interrompemos o trabalho porque a pressão estava insuportável. Em cima de mim não, porque você está no futebol não pode sofrer pressão externa, de torcida. Mas sei que todo mundo estava sofrendo uma pressão muito grande, e mesmo assim o mantemos por muito tempo – completou o dirigente.
Ainda sobre o atual técnico do Vitória, Adalberto disse que não o teria demitido sob circunstância alguma se não fosse a interferência de outros assuntos, como a rusga com Ceni.
- A gente não pode deixar de avaliar todos os elementos. Fosse uma análise fria do trabalho, com certeza teria mantido, mas temos de avaliar todos os fatores, levar em consideração outros elementos que fizeram interromper. Mas não tenho dúvidas de que o melhor é um trabalho a longo prazo com planejamento respeitado – afirmou o dirigente, que também elogiou os profissionais que trabalham com Ney Franco.
- Ele e sua comissão técnica são altamente profissionais, grandes pessoas, não tem como não gostar deles. Apenas teve uma interferência no fim do trabalho – afirmou.
Pelo São Paulo, Ney Franco venceu a Sul-Americana no ano passado, quando também conduziu o Tricolor ao posto de melhor equipe do segundo turno do Brasileiro. Este ano, fez a melhor campanha da primeira fase do Paulistão, sendo eliminado pelo rival Corinthians na semifinal, nos pênaltis.
A maior frustração ficou por conta da Libertadores. Após passar pela pré-Libertadores, o Tricolor fez uma frase de grupos muito ruim, se classificando na última rodada e acabou eliminado nas oitavas de final pelo Atlético-MG, com uma derrota de 4 a 1 em Belo Horizonte.
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